Há já algumas semanas que o J. vem a pedir-me que escreva uma letra para ele musicar junto das suas outras mais-que-tudo (não, não sou assim tão permissiva; estou a falar das Fender®). Apesar de não ser novata nestas andanças, a verdade é que a inspiração poética só me tem me tem levado para caminhos escuros.
No entanto, ao ouvir este recente hit musical, percebo que o talento nunca está realmente centrado no que se escreve, mas no modo como se musica, e na voz de quem canta. Se podemos fazer algo tão "dançavelmente" bom a partir de uma única frase («One day baby, we'll be old / Oh baby, we'll be old /And think of all the stories that we could have told»), não posso evitar perguntar: quão difícil será responder ao seu pedido?
J. has been asking me for the past weeks to write some lyrics for him to set to music, together with the other apples of his eyes (no, I’m not that permissive; I’m talking about the Fenders®). In spite of not being a beginner in these wanderings, the truth is that my poetic inspiration has only been leading me to dark paths. However, when listening to this recent musical hit, I understand that the talent is never centered in what we write, but in the way it’s set to music, and in the voice of who sings. If we can actually do something so danceable and good starting only from one sentence («One day baby, we'll be old / Oh baby, we'll be old /And think of all the stories that we could have told»), I can’t help but wonder: how difficult can it be to answer positively to his request?
Do pouco, muito pouco, que conheço, acho que seria muito difícil de o fazeres porque não cabe em ti.
ResponderEliminarOh Diogo, a desmoralizar-me? Snif, snif... De todas as pessoas, nunca pensei que o fizesses. Duplo snif, snif!
EliminarAhaha :D entendeste mal. O título designa, dá o tema ao teu post e a tua pergunta remete para o problema da composição. Como sabes, através dos hits, a música é apreciada pela musicalidade, pois é isso mesmo que não cabe em ti, pores a hipótese de compor algo insípido apenas para responderes ao pedido, julgo eu. Acho que és de dedicar mais que umas palavras soltas só para acompanhar uma boa musicalidade.
ResponderEliminarAcho que agora me expliquei.
Safo?
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh... Assim, sim. E tens razão, já me conheces um bocadinho nesta matéria. Mas a verdade é mesmo a que disse, a música nunca vela pela letra, mas sim por todos os outros elementos. Olha repara lá no que tens vindo a ouvir ultimamente?
EliminarOnde se lê "vela" deve ler-se "vale".
EliminarOnde tem um"?" deve ter "!".
Mania das pressas.
Presunção à parte, a grande maioria é pela letra, de início encanto-me pelo ritmo depois se a letra não me cativar acabo por não me interessar muito, exemplo da música "anda comigo ver os aviões" ritmo e musicalidade agradável para p género, a letra é que saiu uns furos abaixo ou então eu sou um banana e não a percebo.
EliminarEu gosto de letras assim, aparentemente sem literatura, mas com muiiiiiiiiiiiiiiiito conteúdo. Na generalidade gosto das letras desta senhora.
EliminarAdoro a música que publicas-te!
ResponderEliminarAs músicas pastilha-elástica têm este efeito: consomem-nos, e levam-nos a consumi-las desenfreadamente. Até que depois caem no esquecimento.
EliminarA música é linda, aposto que vai resultar.
ResponderEliminarEsta música é engraçada, sim, mas não tem nada a ver com o que pensamos fazer. ;-)
EliminarRealmente, na maior parte das vezes o talento não está na letra em si mas na melodia e na forma como o artista a interpreta. Porém, regra geral, músicas assim caem no esquecimento com o passar do tempo :x
ResponderEliminarSim, é verdade, mas se analisarmos agora a questão, perceberemos que os músicos que mais facturam actualmente são os que fazem estas tais músicas pastilha-elástica. Aliás, Calvin Harris, um conhecido DJ e produtor, que tem trabalhado com nomes como Rihanna, disse que era mais fácil fazer música do que uma sandes. :-//
EliminarNo outro dia uma miúda de 15 anos chegou à nossa frente e disse que tinha feito uma música. Pedimos para ver. Resultado: Uma mistura de ritmos, com uns acordes e uns breves solos. Tudo feito num software qualquer. No fim, ela disse que queria ser DJ (aqui há dias queria ser produtora/realizadora e outras coisas que acabam em "ora" de cinema). OK, tudo bem...nunca desprezar os mais novos, porque podem estar a ver o que já não nos é possível alcançar.
EliminarMúsica não é apenas algo que começa e acaba nas letras, ritmos ou melodias. E, não é poesia também. Porque não arriscar uma letra? Não tem que ser propriamnete rebuscada ou demasiado simplória - subjectivo isto, não é? A inspiração em 99% dos casos não vem sequer ao barulho. A minha pergunta é: why not?
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