19 de abril de 2013

Danos colaterais | Collateral damage


Ao longo da minha vida escolar cruzei-me com um sem número de professoras que teriam, indubitavelmente, uma insatisfatória vida sexual. Os sinais estavam todos lá: a pele baça, o cabelo sem brilho, o aborrecimento constante, o ar de mágoa a enrugar o rosto, a tentativa de se sobrevalorizar a qualquer preço, a arrogância, o sorriso inexistente, a necessidade de transferir para os outros a frustração em que se encontravam submersas… Na altura, se tinha de lhes dizer na cara o que sabia ser o seu real problema, não me coibia. Não temia um eventual risco, que no máximo seria uma nota enviada ao meu Encarregado de Educação dando conta da minha desobediência e insubordinação.

Os anos passaram, e eu já nada sei das minhas professoras. Mas ao longo da minha profissionalidade tenho vindo a lidar com muita gente, às quais reconheço os ditos sinais. Acontece que, a todo o custo, tento calar a rebelde em mim. Por vezes funciona; outras vezes nem tanto. E enquanto ninguém escreve no temido livro amarelo a meu respeito, só me apraz perguntar: porque será que quando alguém não f&%$, anda por aí a tentar f$%&# o juízo de quem está a trabalhar?

[Desculpem a brejeirice.]



During my school life I came across a great number of teachers, who certainly had an unsatisfactory sex life. The signs were all there: dull skin, dull hair, constant annoyance sadness look wrinkling the face, trying to overvalue them at any price, arrogance, nonexistent smile, the need to transfer to the others the frustration in which they were submerged... By that time, if I had to tell to their face what their real problem was, I wouldn’t prevent myself from doing it. I didn’t fear the possible risk, which would be at most a note sent to my father informing about my disobedience and insubordination.

Years passed, and I know nothing about my teachers. But throughout my professional life I have been dealing with a lot of people, to whom I recognize the signs I said. It turns out that, at all costs, I try to silence the rebel in me. Sometimes it works, sometimes it doesn’t. And while no one writes on the dreaded complaints book about me, I can’t help but wonder: why on Earth, when people don’t f&%$, they go on trying to f$%&# the nerves to people who’s working?

[Sorry about the vulgarity.]

55 comentários:

  1. :D:D Oh Érre porque não querem ter a pele baça, o cabelo sem brilho e a mood em baixo. :D
    É tudo verdade.

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    1. Diogo, diz-me: quando f@#%&$# o juízo aos outros, rejuvenescemos? Pensava que era só quando fazíamos isso, mas da outra maneira, e não ao juízo. :-P

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  2. "a pele baça, o cabelo sem brilho, o aborrecimento constante, o ar de mágoa a enrugar o rosto, a tentativa de se sobrevalorizar a qualquer preço, a arrogância, o sorriso inexistente, a necessidade de transferir para os outros a frustração em que se encontravam submersas…" - ando com falta, mas dizem que o meu cabelo está brilhante... humm...

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    1. Pastora, não conta só o "hetero". O "auto" também deve abrilhantar o cabelo. :-D

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  3. Concordo contigo, estão realmente lá todos, também faço um esforço enorme para me calar e por vezes respondo apenas com um sorriso (malicioso ).
    Beijinhos

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  4. Concordo contigo, há muito gente que devia levar com esse problema na cara podia ser que melhora-se =)

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    1. Mas profissionalmente não posso apontar isso às "clientas", $Onhador@. :-/

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  5. Aqui para nós que ninguém nos ouve.. eu ando com falta mas mantenho o sorriso :P

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    1. NTW, penso que esse flagelo acontece às senhoras já mais velhas, as que acumulam anos sem... Tenta fazer com que isso aconteça, sim? Ainda vais a tempo. ;-)

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  6. ... nunca tinha pensado nisso :)) nem feito tal associação, vou estar mais atenta ...
    beijinhos

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    1. Começa a reparar, e daqui a uns tempos ainda vens aqui acrescentar mais alguns sinais. ;-)

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  7. Para se ter falta, é preciso que já se tenha tido certo?! Então eu não tenho falta e há 29 anos que tenho o cabelo sem brilho...

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    1. Aha aha aha... Queres convencer quem dessa suposta virgindade? :-P

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    2. O normal seria eu tentar convencer as pessoas que era um gajo que tinha em fartura e bla bla... Agora tentar convencer que sou virgem, não me traz nada de bom. Por isso, acho que não vale a pena mentir.

      Uma vez tive quase a perder a virgindade, mas tava ali com ela, nas caricias, a tocar-lhe e aos beijinhos, mas entretanto a mãe dela apareceu e começou a olhar para nós.. Eu não me incomodei muito e continuei.. mas quanto mais nós avançáva-mos, mais a mãe nos olhava fixamente.. Comecei a achar aquilo estranho e a começar a incomodar-me, mas se a filha se manteve na dela, eu continuei.. Mas quando tavamos mesmo quase a consumar o facto, tive que desistir, puxar as calças para cima e ir-me embora depois da mãe dela balir um enorme "Bééééééé!!"

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    3. Agora deste uma no cravo, outra na ferradura. Primeiro pareces todo convincente. Logo a seguir vens falar de episódios de zoofilia! Em que é que ficamos?

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    4. Ficamos que a minha primeira tentativa de perder a virgindade foi um fracasso grande! :p
      Entretanto, já o tentei com humanos, mas com igual sorte.. :(

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    5. Tens que experimentar quando as mães delas não estão em casa. Não corres o risco de seres apanhado, e consequentemente não ficas tão nervoso.

      Ou será que estás a afugentar as miúdas com esse teu ar de filósofo de barba rija?

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  8. Olha eu só me ri porque quando andava na escola eu dizia o mesmo :P lol

    Quando algum dos profs. estava rabugento era logo falta de sexo lol

    Mas não ia pelo cabelo baço ou a pele sem brilho. Era mesmo porque a pessoa estava de mau humor.
    Pensando agora nisso, eu ando sempre com um ar sério.
    Será que as pessoas pensam o mesmo de mim? haha
    Mas por acaso não tenho falta de nada :P

    Beijocas

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    1. Cláudia, uma coisa é ar sério, que eu também "visto". Outra coisa é andar por aí a criar quezílias com terceiros, só porque vives num mundo de frustração. Acredita que se tiveres duas pessoas com esses dois feitios, irás perceber a distinção entre elas.

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  9. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Já consultaste um psicólogo para saber se é possível contornar esse dito estado constante? É que isso é vírus contagiante.

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  10. Genial! E tão bem dito!
    Acontecia-me bastante quando era aluna... e ainda hoje lido com pessoas assim.
    Será que devemos meter essas pessoas no seu lugar quando já nos começam a pisar os calos? Ou deixa-mo-nos simplesmente estar a observar, e esperar que o karma lhes ensine uma lição?

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    1. Depende, Lu. Depende onde estamos, com quem estamos, em que contexto. Profissionalmente não arriscaria, pois o fim seria o desemprego, na certa. Mas se não houver consequências nefastas, porque não? Não temos de agradar a toda a gente. ;-)

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  11. Oh diabo!...Ando com a pele baça e o cabelo sem brilho...Aahhh!

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  12. Mas é verdade! As pessoas não estão satisfeitas com o que tem, e depois andam por aí a aborrecer a vida das outras pessoas...

    Bjxxx

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  13. Chama-se a essas pessoas, as "mal fº&§das". ahahah

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  14. a mt gente desocupada que não tem o que fazer e se divertem a tentar f$%&# os outros

    Enfim, gentinha

    Bjs*

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    1. Isso é outro problema: gente sem nada para fazer. E enquanto não fazem nada, se não f#$%&$% também, junta-se o "mal" ao "pior", e é uma carga de trabalhos.

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  15. É mesmo isso, a falta leva a com que haja mau feitio e depois os outros é que pagam!!!!

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    1. E não andassem tão centradas na frustração, se calhar até encontravam que lhes resolvesse a... a questão, vá!

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  16. Mau feitio = não fodX.

    Isso quer dzer que eu estou fodidX.

    Por isso,que se fodX, quer não se fodX, todos acabam fodidXX.



    PS. Descambou.PERMISSÃO para apagar.

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    1. Tenho uma forma que resolve todos os problemas da minha vida. É imediato e eficaz. Qd encontro uma pessoa dessas costumo utilizá-la tb...

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    2. Penso que não precisas de nos dizer qual é, ITK. Vamos manter a brejeirice no nível em que ficou em cima. ;-)

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  17. Ahahahah! Mas até que se entende essa gente. Se não fod*m de uma maneira, têm de fod*r de outra... ;D

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    1. Só que f$%#& da forma errada. A outra é bem mais saborosa, e ainda queima calorias.

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  18. Ahah gostei da publicação! Infelizmente o que não falta é gente assim, só insatisfeitos :\

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  19. Também tive desses que tinham falta de peso! Ah Ah. Excelente, ainda ontem vi uma do meu ciclo preparatório, continua com um ar insatisfeito e solitário!

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    1. Eu gostava de rever duas ou três, daquelas que personificavam os sinais de cima, e que me ajudaram a construir esta ideia, sem guardar qualquer dúvida acerca dela. Mas nunca mais as vi... :-/

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  20. Como é que essa tua cabeça se lembra de algo tão, mas tão real, de forma hilariante e brilhante?! Só tu R....

    Desculpa a ausência, não tem sido fácil

    Bj

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    1. Lolol... Anos e anos de estudo sociológico, Raquel. Lembras-te do post em que eu disse que atraio o pior das pessoas? Pronto... é isso!

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  21. Ahah muito bom :P também tive uns quantos professores assim, mais do que eu achei que merecia aguentar. É injusto que a insatisfação dos outros caia sobre nós, eu faço a minha parte e poupo os outros a esse sacrifico! Isto é como a reciclagem, uma um podemos mudar o mundo. Mas temos que ser todos...

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    1. Sabes quando a nossa vida se torna tão cheia de insatisfações, que nós já não conseguimos aguentar? A forma mais fácil de descarregarmos, é tentarmos esta tal transferência para terceiros. Como tu dizes, um a um pode mudar este curso. Mas é mais fácil acabar contagiado por estas f%$#& sem prazer. :-((

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  22. R., então e os professores mal f&%##"? Não podemos excluir o sexo masculino!

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    1. É certo, Ana Avião, no entanto os sinais são mais visíveis nas mulheres. Pelo menos eu sempre os identifiquei melhor. Se calhar é a minha própria tendência natural para justificar comportamentos femininos que eu considero injustificáveis. :-P

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    2. Tens razão, é mais perceptível ;) Quanto ao desafio de leitura, está feito :)*

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    3. Sabes aquela do algodão que não engana? Neste apartado... as mulheres também não. :-D

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  23. Não faço ideia...mas lá que andam andam...conheço algumas...!
    Bjs
    Maria

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    1. Eu cruzo-me com inúmeras todos os dias. Mas de vez em quando lá aparece aquela, a pior, a que já não tem way back! :-D

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